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Aos Meus Pais
Com uma gratidão eterna
É pela noite a redimir
Que dos tempos acalento,
Meu Pai verbera, a bom contento :
"Ave nocturna, vai dormir !"
"Assim fazes, rapaz, da noite dia,
Como do dia noite !", ele afirmava,
Enquanto àquelas horas, à porfia,
A luz para pintar me encorajava.
Mas p´ra pintar o quê ou que narrar,
Com tintas e pincéis já navegando,
As ideias pulsavam sem falar
E o pensamento solto, matutando ...
Jangada de palavras perturbantes,
Rompia sempre quando o sol nascia,
E da minha alma, em ondas exultantes,
Surgia a tela finda. E ERA DIA !
Ribeiro Couto, jm
1990
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domingo, 22 de novembro de 2009
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